Bom depois da torrente do último post (apagado por sinal) resolvi elaborar melhor um pouco o texto. E colocar a minha opinião (que não é só minha e não fui eu que criei isso) sobre a morte. Por quê? Sei lá! Penso nela todo dia. Não só na minha, não só como algo ruim, as vezes desejo fortemente o mal súbito alheio. Basicamente o que escrevo é fruto de reflexões que tive uns anos atrás ao ler algo do Luc Ferry.
A Morte é ir contra a vida (dã!). Mas não é só a morte biológica que conta, é a menos importante na minha opinião. Muitas coisas vão contra a vida além do lado biológico da coisa. Qualquer tipo de má conduta, ou qualquer tipo de atitude danosa ao ser humano é um tipo de morte. (Pensem com carinho sobre "má conduta", vide: O Decálogo de Bertrand Russel #googleit! - já postei isso um dia...) Desse jeito a morte se torna algo mais difuso, que é muito mais interessante.
Por outro lado, existe ser humano sem sociedade? Não, né? Então a nossa vida é completamente social. O que dizer de uma pessoa que é inútil para a sociedade? Essa pessoa está morta! Sabe aquele teu cunhado de 28 anos desempregado que não terminou o ensino médio e faz um bico qualquer para ter grana pra ir pro baile, quando não suga o dinheiro de seus pais? Você tem coragem de dizer que ele está vivo? Eu não!
Mais um ponto que é natural colocar é o sentido de existência ou vida. Neste contexto, somos a nossa impressão no mundo. Somos o que fazemos. E vivemos enquanto essas marcas continuam no mundo. Cada ser humano deixa seu "legado" seja como exemplo na família, no trabalho (quando este é digno) entre os amigos. Toda pessoa socialmente ativa produz algo a sua volta é isso que lhe dá vida. Podemos considerar imortais tantos que suas obras os perpetuam. Tantos biologicamente mortos que continuam vivos entre nós e muitos mais outros que andam por aí mortos, insignicantes.
Por fim, com esse conceito em prática, a morte se torna algo palpável e que não precisa ser temido. Sem temer a morte, qual a necessidade de alguém te garantir se existe algo ou não depois dela? Religião deixa de ser necessidade para virar opção. O que é, para mim, o maior passo que alguém pode dar para se tornar uma pessoa melhor.
Para exemplificar a ideia, Paul Erdös dizia que um matemático parava de publicar, quando este morria [biologicamante] e que ele morria quando deixava de publicar.
Bom vou parar por aqui, já chega por hoje ^^. Depois eu falo sobre as promoções de produtos de bar...
...e uma citação sobre comportamento:
“Se faço o bem, me sinto bem; se faço o mal, me sinto mal. Nisso consiste a minha ética” (Abraham Lincoln)